sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Tratamento da Depressão


Existem actualmente meios para tratar as depressões:

• Terapêutica com medicamentos anti-depressivos;

• Apoio psicológico.

A escolha dos tratamentos é da competência do médico. Os médicos psiquiatras atendem os casos mais difíceis. A orientação terapêutica depende do tipo e gravidade da depressão, bem como da presença de outras doenças e medicações simultâneas.

A intervenção de outros técnicos, como os psicólogos, deve ser complementar à do médico.







Apoio psicológico

Sendo essencial a medicação é também indispensável no acto médico a compreensão, a explicação, o apoio psicológico individual e familiar.

A terapia psicológica visa uma maior consciencialização da pessoa, o reforço da auto-estima e o apoio à sua acção e socialização, através da superação de atitudes, condutas e pensamentos deprimentes (negativos).

Por sua vez, a família e as pessoas ao encararem o doente deprimido como um doente genuíno, podem e devem contribuir, através de um apoio activo, para a sua recuperação.




Terapêutica com medicamentos anti-depressivos

É o tratamento médico mais utilizado e indicado para tratar as depressões, sendo indispensável para a maioria dos doentes deprimidos.


Início do tratamento: A motivação para o tratamento é essencial: uma interrupção precoce ou a redução das doses sem o consentimento médico resulta num fracasso do tratamento. As melhorias registam-se, em geral, após 2 a 3 semanas de tratamento contínuo.

Em casos mais complicados, quando não há apoio familiar, ou quando a gravidade da depressão assim o aconselhe, será necessário um internamento hospitalar.

Para qualquer dúvida deve contactar-se o médico.


Fase de manutenção: Pode durar 6 ou mais meses, dependendo da gravidade e tipo de depressão. É o período de consolidação das melhorias, consultas menos frequentes e estabilização da dose terapêutica.


Prevenção de recaídas: Em certos casos é necessário manter o apoio terapêutico muito mais prolongado do que o habitual, ou até de modo permanente, para evitar que a doença não se agrave ou se instale de novo.

É de realçar que na Doença Depressiva há tendência para episódios repetitivos.
Os fármacos anti-depressivos são medicamentos cuja acção decorre no cérebro, modificando e corrigindo a transmissão neuroqauímica em áreas do Sistema Nervoso que regulam o estado do humor




Os anti-depressivos são drogas?


Não. Os anti-depressivos são medicamentos que não produzem dependência, sendo a sua acção terapêutica resultante de um reequilibro da perturbação depressiva. São medicamentos que só actuam em pessoas doentes, não modificando o estado psíquico de quem não tem depressão.



Quanto tempo demoram os anti-depressivos a actuar?

Em geral, acção terapêutica dos anti-depressivos é lenta. Depois de iniciada a toma do medicamento deve-se esperar o começo da melhoria dos sintomas de depressão ao fim de cerca de 15 dias, mas a recuperação pode tardar um mês.





Que sintomas os anti-depressivos melhoram?

O tratamento anti-depressivo, correctamente prescrito pelo médico, produz, em geral, um importante alívio da maioria dos sintomas depressivos, como a tristeza, a angústia, a diminuição da energia, a falta de concentração, o desinteresse, as alterações do sono e do apetite, e das ideias negativas (de culpa, de auto desvalorização e de suicídio). Por vezes é útil e necessário combinar a medicação anti-depressiva com medicamentos específicos para a ansiedade que com muita frequência acompanha a depressão.



Os anti-depressivos são sempre eficazes?

Não. Estudos em grandes grupos de doentes com um anti-depressivo isolado revelam que só cerca de 60 a 70% dos doentes deprimidos melhoram.



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